sábado, 31 de outubro de 2015

Plantar e colher. A plantação é livre, mas a colheita é obrigatória




Não tem jeito amigo, você não vai escapar. Pode dar mil voltas, se recusar a seguir alguns caminhos, evitar certas estradas e precipícios, tentar até driblar o destino, mas o que está “escrito” vai ser seu, mais cedo ou mais tarde. O que você plantou você vai colher.

Não importa a sua religião, crença. Não importa até onde sua fé chegue. Não importa se a sua plantação foi agora, se foi intencional ou não, se vai ser nessa vida, na outra , no apocalipse, no dia do juízo final ou no fim do mundo, o que é seu ninguém vai passar por você.

O livre arbítrio existe, não há como negar. Você pode “escolher“ o seu caminho. E pior, pode até achar que está fazendo o que é melhor (talvez a sua prepotência faça você pensar assim).

Ledo engano, isso só vai adiar, ou até piorar as coisas. Talvez algumas atitudes altruístas ou boas ações amenizem a sua colheita. Mas ela virá. 

Aliás, a mídia, as missas, os cultos, as reuniões e até o papo com os amigos, massacram isso nas nossas mentes. Como não se preocupar com isso? 

Tudo bem, vamos concordar que isso não deveria ser uma preocupação, deveria ser natural, "fazer o bem, não importa a quem". 

Sei bem que não é fácil, as pedras aparecem e nem sempre estamos a fim de passar por elas, muitas das vezes queremos mesmo é jogá-las no primeiro que nos contraria. 

Quando estamos na beira do poço, do abismo, o primeiro pensamento é que vamos cair e não encontraremos o fim. Uma amiga me disse uma vez que quando estamos lá, no fundo, sempre damos um jeito de subir, escalar e voltar. Nem sempre voltamos a mesma pessoa, nos agarramos àquilo que nos dá sentido em viver, criamos asas e saímos de lá. Disse também que a vantagem de estar lá no fundo é que não temos como afundar mais. Eu, nas minhas fases mais pessimistas, contrario o otimismo dela e respondo que alguém pode jogar terra em cima da gente , ou até mesmo inundar o poço. 

Mas aí a gente reclama, insiste, desiste, persiste, sai do poço e segue em frente. Tenta germinar novas sementes, testa alguns enxertos, estuda jardinagem e agricultura, rega, colhe, e vai seguindo a vida.

Tentem não pegar os atalhos e desviar das pedras (nem jogá-las em ninguém, porque elas voltarão pra você).

Coragem, coração e caridade. Acho que isso ajuda um pouquinho. Não vamos deixar pra frente o que se pode resolver agora. 


By Cecília. 






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