terça-feira, 22 de novembro de 2016

Chaveiros de Coração 


 Acho que nunca comentei aqui com vocês que faço parte de um Voluntariado. 
Somos um grupo, formado na maioria por mulheres e trabalhamos dentro de um Hospital Público.
Lá damos assistência às pacientes internadas na instituição, desde o momento da internação até a alta. Atuamos em todos os setores do Hospital. Fazemos vários tipos de atendimento. Tem espaço para todos os gostos. Desde os mais burocráticos, até os mais “corpo a corpo”.
É muito gratificante fazer parte disso. Ajudar o próximo, se colocar no lugar dele e procurar atender as suas necessidades físicas e emocionais é o melhor “antidepressivo” do Mundo e da Vida.
Quando perguntamos às nossas “meninas” o que as levam sair das suas casas, largar seus afazeres particulares e dedicarem esse tempo em prol dos mais necessitados, a resposta é sempre a mesma: “Recebemos mais do que doamos.”
Muitas relatam que trabalham com isso há vários anos e a maioria faz trabalho voluntário em mais de um lugar. E muitas não abandonam as outras atividades prazerosas da vida, como cuidar dos netos, passear e fazer cursos. Relatam que quando estão felizes e realizadas o “tempo” anda em favor delas.
Nas nossas reuniões e encontros estão sempre de bom humor, dispostas a trocarem experiências, receitas, fotos, mensagens nos celulares, seja através do Facebook ou pelo WhatsApp, sim, elas são atuantes a esse nível. Sempre interessadas em aprenderem e ensinarem.😉
 É muuuuuiiitoooooo BOM!!!!!!😀
Também fazemos doações de enxovais e outros produtos, como kits de higiene, calcinhas e chinelos.
Para isso realizamos algumas ações sociais, como Bazares, Brechós e Bingos Beneficentes.
No Bingo desse ano, além da minha colaboração presencial, doei uns Chaveiros feitos por mim. Foram confeccionados com feltro, botões e pedrarias.
Abaixo vou postar os moldes e as fotos de como eles ficaram depois de prontos. 






By Cecília

 

sábado, 19 de novembro de 2016

Expectativas e Mágoas

EXPECTATIVA E MÁGOA


A definição de expectativa: situação de quem espera a ocorrência de algo.
A definição de mágoa: do latim macula, sentimento de desgosto, pesar, tristeza, ressentimento.
“Não crie expectativas, crie cactos, porcos, gatos, qualquer coisa, menos expectativas.”
Outro dia ouvi essa frase de um professor, em uma aula do curso Espírita que frequento. A principio achei a colocação engraçada, mas depois, pensando sobre o tema percebi a sapietude desse conselho.
“A mágoa é um dos piores sentimentos que podemos sentir.”
E essa outra ouvi quando era pequena, por ocasião da morte do meu avô. Ele teve câncer de pulmão. E minha tia, também espírita, justificou a colocação dela da seguinte maneira: “Mágoa causa câncer.”
O quanto a primeira frase foi engraçado, essa outra foi devastadora, assustadora e preocupante.
Não sei até que ponto isso é verdadeiro, mas se pesquisarmos sobre isso encontraremos essa mesma afirmação feita por vários estudiosos, médicos e terapeutas. Hoje já sabemos o quanto as emoções são responsáveis pelo nosso bem e mal estar.
Mas apesar de crescer com essa frase ecoando no meu ser, isso não me impediu de sentir mágoa, ou melhor, de me magoar. Não foi uma ou duas, foram várias vezes.
Mágoas profundas, que me dilaceravam por dentro. E que literalmente me faziam sentir dor no peito. A tal da Síndrome do Coração Partido (isso será tema pra outra história).
Mas depois de outro fato assustador ter acontecido na minha vida, a quase perda de uma sobrinha, refiz meus conceitos sobre várias coisas, entre eles a expectativa que criamos com relação às coisas e com relação às atitudes que esperamos que os outros tenham.
Criava expectativas, achando que os outros tinham uma bola de cristal. Como se todos conseguissem ler meus pensamentos e que por conta disso deveriam fazer exatamente aquilo que esperava deles.
Claro que a decepção era certa. Acontecia (e ainda acontece – ainda crio expectativas.... preciso comprar mais vasos e cactos😔), em 99,9999% das vezes.
Consequência disso - a mágoa, a tristeza, a angústia, a depressão tomavam conta de mim.
Quando me dei conta da real dor que a possível perda de um ente tão querido me causaria, revi as outras dores emocionais que me assolavam.
Nenhuma dor poderia ser maior do que essa.
Foram dias de muita oração e reflexão. E quando o perigo da morte se afastou, tentei tirar do meu peito todas as outras dores que lá existiam.
O sentimento de Gratidão era tanto, que invadiu meu peito como uma chama invade a escuridão.
Refiz conceitos e resolvi entender que não estamos aqui para suprir as expectativas de ninguém e que, portanto, não poderia ter também expectativas com relação aos outros.
Resolvi acreditar que todos fazem “o seu melhor” e que nem sempre esse “melhor” é o que espero, e que, com certeza, o “meu melhor” também decepciona muita gente. Mas eu tenho convicção que faço o “meu melhor”. E isso me basta. Acreditar nisso tem sido minha meta de vida.
Não sei se consegui linkar um assunto no outro, não sei se vocês acham que esses assuntos tem alguma ligação. Mas para mim a ligação é muito lógica e clara.
Limpar o coração das mágoas é o primeiro passo para a cura de muitas doenças. Físicas e emocionais. Não ter expectativa sobre os outros também.
Eu sinto que estou chegando lá. Sei que é um caminho longo, que terei várias recaídas e tropeços, mas eu conseguirei. Tenho certeza, sabem por quê??? Por que sei que estou fazendo o meu melhor.


By Cecília

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Louca vida ,  vida louca .


Cada dia que levantamos da cama,  a cada amanhecer não sabemos que aventuras e desventuras nos esperam.  O que o destino nos reserva.
Dias tranquilos,  turbulentos, alegres surpresas,  cotidiano,  tédio, mesmices,  grandes problemas ou simples soluções.
Viver é assim mesmo.  Um dia tudo está bem e . . .  de repente,  ao virar uma esquina ,  ao receber um telefonema ou uma simples mensagem no WhatsApp,  pronto, sua vida vira de ponta cabeça.
Coisas que eram certas,  definidas, que você  tinha como parâmetro pra uma vida inteira não servem mais. Não estão mais a sua disposição.
Como viver com um "barulho" desses.  Como retomar os sonhos,  os planos,  o caminho.
Só nos resta aprender com as novas possibilidades.  Só nos resta desistir de tudo o que você  achou que era certo e recomeçar.
Recomeços são complicados. Principalmente quando você já viveu mais da metade da sua vida.
Mas recomeços não são impossíveis. Quase sempre são necessários. Fazem parte do seu crescimento, como pessoa,  como ser humano, como ser integrante de uma sociedade que vive em constante transformação.
Nem sempre conseguiremos recomeçar inteiras.  Aliás ,  acho que faz parte recomeçar quebrada, decepcionada,  sem partes.  Um quebra-cabeças totalmente embaralhado e sem cantos.
Mas com uma única certeza,  isso não aconteceu só com a gente.  Não seremos os primeiros e nem os últimos.  Sempre existirão seres como a gente.  Forçados a recomeçar.
Então vamos erguer essa cabeça, deixar as mágoas de  lado,  limpar os ouvidos de tudo que foi "vomitado" pra dentro deles. Enxugar as lágrimas.  Traçar novos caminhos, comprar um mapa para as novas rotas.  Um novo chapéu,  óculos de sol,  protetor solar e pé na estrada da vida.
Siga em frente,  as coisas não são como você planejou,  o passado é uma roupa que não lhe serve mais.
Mas sempre terá um shopping novo no novo caminho.

By Cecília


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Simples assim.  Sou para poucos.  Poucos que conseguem me ler,  me entender,  me aguentar.  Não quero ser expectadora,  visita,  coadjuvante.  Nasci para estrelar,  integrar, causar.  Essa sou eu.  Sem medida,  sem meias palavras , sem medo.
Quero tudo e quero já.
Não espero aceitação e entendimento.
Só quero respeito. Por que sei que mereço.
Não me venha com falsidade,  com atitudes camufladas.  Eu vou ser enganada se quiser, se me convier.
Só quero respeito. Por que sei que mereço.
Simples assim. 💕

By Cecília

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Avulsos


A gente perde o chão, o rumo, o prumo.
Perde a casa, o lar, o teto.
Não tem razão pra voltar, nem pra onde voltar e nem porque voltar.
Pensa em desistir, mas desiste de pensar.
Você se tornou órfão, sozinho, avulso.
Navio sem porto,  estrada sem destino, céu sem estrelas. 
Mais um no mundo, um mundo sem você. 
As histórias da sua vida, as memórias da sua infância, os encontros no domingo não existem mais.
Você se tornou órfão, sozinho, avulso.
Espaço vazio no peito. Vazio que nada preenche. 
Vazio que cresce, se espalha,  se esparrama,  se solidifica. 
Espaço aberto, ferida exposta, coração mortificado.
Sombras de um passado perdido, que agora só vive, sobrevive e existe dentro de você.
Você se tornou órfão, sozinho, avulso. 

By Cecília

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Sou feita de Retalhos   

Sou feita de retalhos. Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma. Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.
Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior...
Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade... que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.
E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados... haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.
Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim.

Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.
E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de nós.

*autor desconhecido - Se alguém souber me indique o autor para que eu possa publicar o crédito.




GRATIDÃO


Meio ano já se passou e parece que nada aconteceu, "sqn". 
Graças a Deus. Tem sido um ano de rever conceitos, retomar projetos e iniciar novos. 
Ano da valorizar ainda mais a Família, a de sangue e aquela que Deus coloca no nosso caminho, valorizar os amigos, as conquistas e aprendizados. 
É impressionante como sempre temos mais a agradecer do que pedir. 
Muito bom pensar assim. 
Muito bom ter aprendido isso. Aprendido sim, por que até o final do ano passado eu era bem minimalista com relação a minha gratidão. Estava sempre querendo, desejando, achando que merecia  mais e que a vida não era justa.  
Hoje valorizo cada momento que a vida me proporciona. Os maravilhosos, os ótimos e os que não são tão bons assim. 
E com isso, com essa maneira leve e tranquila de levar a vida, percebi que tudo ficou muito mais fácil. 
Hoje, não me melindro por qualquer coisa e procuro, sempre, não melindrar ninguém. Nunca o "Não fazer com o próximo o que você não gostaria que fizessem com você", esteve tão atuante e presente na minha vida. 
E engraçado, que quanto mais pratico isso, mais bem e reconhecimento recebo de volta. Realmente, o bem atrai o bem, a alegria atrai alegria e a gratidão atrai amor. 
Só sei que ando feliz, apesar de tudo, sim, por que sempre haverá um "apesar", sempre existirá um "senão", um "talvez" e um "não". E aprender a lidar com essas frustrações e dissabores faz parte. Sem a noite não teria dia, Sem o choro não teriam sorrisos, sem a partida não teria a chegada. 
Então, bora ser feliz. E praticar todos os "As" possíveis, Agradecer, Acreditar, Alegrar, Aprender, Abraçar, Ajudar, Aproveitar, Afagar, Apaixonar e o mais importante de todos, AMAR. 

By Cecília


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

MATERNIDADE

MATERNIDADE

   Maternidade é uma coisa muito interessante. Inerente à maioria das fêmeas, oriunda, acredito eu, pelo instinto de manutenção da espécie. Chega um momento na vida que o relógio biológico desperta e aquela desejo incontrolável de ser mãe apita, grita e faz com todo as suas atenções e sentidos se virem para isso. 
      Acho engraçado que a maioria dos atos de uma mãe é comparado ao reino animal. Expressões como -  defender como uma leoa, abraço de ursa, mãe coruja, pisada de galinha, deixar o ninho, voar com as próprias asas e outras,  estão sempre invadindo nosso cotidiano. Será que é por que o amor de mãe é puro instinto? 
    Ou talvez por que as mamães animais corram mais riscos para defender seus filhotes. E precisam então, de uma carga física maior. Mas no reino animal a grande maioria das crias fica com sua mãe por pouco tempo. Assim que seus filhotes aprendem as regras básicas de sobrevivência são deixados a mercê da própria sorte. Por que o instinto animal vai muito além da proteção, precisa existir a manutenção da espécie. Procriar é essencial.
     Com os humanos as coisas não funcionam bem assim, pelo menos na grande maioria das culturas o objetivo maior das mães é permanecer o maior tempo possível com os filhos. A regra é prepará-los para a vida, mas quanto mais tempo permanecerem embaixo das “nossas asas”, melhor.
    Mas, chega um dia que eles têm que partir. Alçar novos voos e deixar o ninho. Para os pais isso é muito doloroso. Tanto quanto à primeira ida para o berçário, o primeiro dia de aula, a primeira viagem com a turma, o primeiro namoro. A vida tenta, com essas situações nos preparar para o dia da partida, mas não tem jeito, coração de mãe é muito complicado. 
    Como deixar partir um ser que viveu dentro dela. Ela que modificou seu corpo para abrigá-lo, que transformou seu sangue em leite para alimentá-lo. Como entender que aquele corte do cordão umbilical não foi uma coisa ritualística. Como entender que durante a vida toda, outros cortes iriam acontecer, até que um seria definitivo.
      Um dia todos fazem isso, não tem jeito, nós fizemos, eles fazem e seus filhos também o farão. É o ciclo da vida.
     Mas para alguns pais isso é tão doloroso que até existe uma doença denominada Síndrome do Ninho Vazio. Trata-se de uma depressão leve que acomete principalmente as mães quando os filhos saem de casa.  Um enorme buraco cresce no seu peito e na sua vida. O que fazer agora, pelo que viver? 
    Ainda não tive tempo de sentir isso. Minha filha alçou seu voo inaugural hoje. Tirando aqueles de testes que foram feitos durante toda a sua vida, o de hoje foi rumo a um destino que acreditamos e torcemos, será mais longo e talvez definitivo.
    Coração de mãe, além de complicado é muito engraçado. Por que lemos nas entrelinhas, percebemos pequenos detalhes e nosso sexto sentido está sempre apurado. 
     Lembro quando minha mãe atendeu a um telefonema de uma mulher procurando meu irmão. Ela desligou, torceu o nariz e disse: “- Essa moça vai levar o meu filho.” E, de fato, aconteceu. Em pouco mais de um ano meu irmão se casaria com a tal moça. Como ela podia saber?
     Há dois anos, mais ou menos, entendi a minha mãe. Quando minha filha começou a namorar eu senti a sombra da perda se aproximando. Não que ela nunca tivesse namorado. Não era o primeiro, mas eu senti que ele a levaria de mim. 
    Talvez, por eu ser mulher, consiga entender melhor o que está acontecendo. Eu segui meu relógio biológico e agora é hora de ela seguir o seu. Ou eu queira acreditar que não estou perdendo uma filha e sim ganhando um filho. Ou simplesmente ainda não tenha caído a ficha. Afinal, só faz algumas horas que ela partiu. 
      O importante é que seja feliz. Foi o que falei para ela quando arrumava as malas. Começou a pedir algumas coisas minhas para levar e eu só falando sim e, ela me perguntou: “-Como você consegue dar as suas coisas, não sei se terei o mesmo desprendimento.” Eu olhei para ela, sorri e respondi: “-Vai sim, por que quando temos um filho, nosso único objetivo é fazê-lo feliz. E se somos capazes de dar a nossa vida por eles, dar alguns objetos não é nenhum problema. Nada no Mundo é mais importante que a sua felicidade.”. 
     Agora, no meu peito bate um coração apertadinho, mas certo que fez o seu melhor e que ela sempre terá um lugar para voltar.

By Cecília.


Que venha 2016

Começo de ano é mesmo uma loucura. 
Principalmente quando o anterior termina confuso e cheio de apreensões. 
Desemprego na família, doenças, visitas e mudanças, isso tudo e mais um pouco para tumultuar qualquer fim de ano.
Mas, não tem jeito. Temos que seguir em frente. Senão a vida te atropela. 
Então, respira fundo, levanta e sacode a poeira que ainda tem muita coisa pra acontecer.
2016 está apenas começando e será uma ano agitado, feliz, próspero e com ótimas coisas por vir.
Esse ano promete. 
Agora que a sogra foi embora, a sobrinha melhorou, a filha viajou e as coisas estão quase todas empacotadas dá para relaxar um pouquinho e voltar a escrever, pintar e bordar.
Então, que venha 2016.
Estou pronta e renovada. Com a mente centrada e a esperança e fé revigoradas.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Grande Guerreira

GRANDE GUERREIRA

Admiro pessoa guerreiras, àquelas que lutam pelos seus sonhos.  Correm atrás e sempre mantém o foco.  Fixados no seu desejo, criam uma força que nem entendia direito de onde vinha. 
Mas, depois analisando um caso familiar, de uma pessoa a qual julgava desprovida dessa força, percebi que estava muito errada. 
Errada em vários aspectos, primeiro por julgá-la.  Quem sou eu pra ter o direito de julgar alguém?  Bem eu, um ser humano tão falho, cheio de esquisitices e complicações emocionais. 
Quando a vi naquela cama de hospital, lutando pela vida, com uma garra, que até então desconhecia, compreendi que todos somos guerreiros e que enfrentamos as nossas batalhas cada um a seu modo.  E às vezes de maneira tão silenciosa e sofrida que o mundo, as pessoas a sua volta nem se dão conta.  
Todos nós enfrentamos uma guerra diária.  Tem dias que são por coisas simples, como não “socar” alguém no trânsito, ou até seu próprio vizinho.  Outros dias elas são mais duras, como uma grave doença. E aí a batalha é pela vida e não simplesmente pra se manter na vida. 
Entendem a dessemelhança.  O simples ato de levantar da cama.  Pode ser uma batalha contra a preguiça, contra uma depressão horrível ou contra dores e dificuldades físicas insuportáveis.  Guardadas as devidas proporções quero que percebam a diferença entre lutar pra se manter na vida e pela vida.  
Manter-se na vida no meu entender, são essas lutas simples do dia a dia.  O trânsito, o chefe, o marido mal humorada, a esposa implicante, o filho que não quer estudar e por aí afora.  
Lutar pela vida, propriamente dita, é mais complicado.  Implica em uma força diferente, uma guerra mais complicada e elaborada.  Onde os seus exércitos internos terão que ter um comandante estrategista, inteligente e perseverante.  Às vezes esse combate é só seu, silencioso, o mundo nem sabe que ele existe.  Quando 
uma pessoa que sofre de fibromialgia, por exemplo, acorda e é tomado por aquele desejo intenso de nem se mexer, levanta da cama e vai preparar o café da sua família, ou levanta e vai para o trabalho, está enfrentando esse tipo de batalha a que me refiro.  Silenciosa e íntima.
Outras vezes a luta, que a princípio era só sua, passa a ser da família inteira, dos amigos e até de pessoas que nem conhecemos, mas movidos pelo ato maior da compaixão se juntam a você e seja de maneira direta ou nos bastidores estarão lá, te impulsionando a não desistir da vida.  São às doenças graves, as perdas insubstituíveis, as provas literais que a vida nos apresenta, muitas vezes sem aviso e sem piedade. 
Algumas lutas, principalmente, as pra se manter na vida são perdidas e entregues de propósito, intencionalmente.  Mesmo porque, no dia a dia precisamos escolher as nossas batalhas.  Muitas delas não valem a pena ser vividas.  Mas a meu ver, desistir e se entregar, já seria uma guerra e para muitos bem complexa.  
Então há guerras e “guerras”, guerreiros e “guerreiros”.  Lógico que de imediato pensaremos que lutas pra se manter na vida são mais fáceis do que as para manter a vida.  Mas, acho que cada caso é um caso. Por mais que tentemos entender o nosso próximo e se colocar no lugar dele, não temos como avaliar as facilidades e dificuldades das guerras alheias.  Mal damos conta das nossas guerras, mal damos conta dos nossos exércitos.  
Só sei uma coisa.  Aprendi que realmente não devemos avaliar um livro pela capa.  Muito menos julgar as pessoas.  Todos têm a sua luta, todos somos guerreiros e devemos respeitar a maneira que cada um enfrenta isso.  
No meu caso aprendi de uma maneira muito positiva, quando vi uma frágil criaturinha numa cama, nos ensinando como se luta pela vida e o quanto podemos disfarçar e esconder nossa força.  
Táta esse texto é em sua homenagem.  Obrigada por me fazer entender que todos somos incondicionalmente guerreiros.  Obrigada pelo exemplo, obrigada por me mostrar o quanto eu estava errada sobre várias coisas.  Obrigada por me fazer entender que muitas batalhas não valem a pena ser vividas e que o Amor é essencial e inerente a nós todos.  Que quando nos unimos em volta de um propósito nos tornamos mais fortes ainda e que eu te amo e amo minha família, meus amigos e minha vida de uma maneira que nem imaginava.  
Obrigada meu amor pela sua luta e por não desistir dela.  E mais ainda, obrigada por voltar pra gente inteira.  
By Cecília


2015 foi um ano interessante, um ano cheio de mudanças e desafios. Descobri coisas muito importantes e aprendi a relevar outras.
Sou muito grata por tudo que aconteceu, pois apesar das dificuldades, minha família se manteve unida, se fortaleceu e acima de tudo, pode olhar para o que realmente importa.
Então, no último dia do ano, quero aproveitar para agradecer por tudo, mas principalmente pela vida dela! Eu, que até então era descrente, vi com meus próprios olhos o milagre da vida. Assisti de longe ela nascer de novo, e trazer com ela toda a esperança e amor que nossa família precisava!
Guerreira é a palavra que define essa menina, amor e orgulho são as palavras que definem o que eu sinto por ela!
Força, foco e fé família! Logo logo ela estará em casa!
Amo vocês!
Obrigado a todos pelas orações! #ForçaTha
 — sentindo-se confiante.
By Bruna Pessanha.