ESSÊNCIA
DIVINA
Todos nós
nascemos com um dom, algo intrínseco, uma característica singular que faz da
gente um ser único e especial.
É a nossa essência
divina.
Quando somos
crianças esse dom é tão natural que o desenvolvemos e o espalhamos sem pensar,
é uma coisa automática. Sai de você para o mundo sem esforço, sem freio, sem
maldade e melhor, sem esperar nada em troca.
Quando o
colocamos em prática, mesmo inconscientemente, a vida fica leve e fácil.
Mas, vamos crescendo
e somos obrigados a nos moldar a uma sociedade cheia de preconceitos, de
pessoas espertas e maldosas e que muitas vezes querem abusar da sua essência.
Nosso sinal
de alerta apita e começamos a tentar nos proteger, vamos formando uma carapaça,
afinal não queremos ser usados, não queremos ser manipulados.
Àquilo que
era tão natural, saía de você com espontaneidade, aquilo que era como dizem os
psicólogos, seu id agora é controlado pelo seu superego.
A luta
interna começa. Os conselhos, palpites e opiniões alheias começam a interferir
na sua personalidade. O seu ego fica gritando dentro de você e a sua essência
divina começa a perecer, a mitigar, se esvanecer e se esconde diante da
realidade e das manipulações da vida.
A gente pega
o nosso dom e o guarda em uma caixinha dourada, com chave, protegida e esconde
o melhor que podemos. Afinal não queremos que abusem dele, você também faz
parte dessa sociedade, do inconsciente coletivo e quer uma retribuição, um
reconhecimento.
Aí começamos a morrer lentamente. Por que sem
a nossa essência não somos nada, não passamos de seres autômatos e sem graça.
Tentamos,
como uma forma de auto preservação, usá-la de maneira discreta e disfarçada.
Afinal ela é inerente, faz parte da gente, não pode ficar adormecida, tem que
ser utilizada. Mas, como seres imperfeitos e egoístas que somos, quando
percebemos que o reconhecimento e a gratidão que achamos que merecemos não
acontecem, escondemos de novo a nossa essência do Mundo.
Aos poucos,
ela, que era tão essencial e tão peculiar. Ela que lhe tornava um ser único vai
ficando apagada e você se apaga também.
Até um dia em
que você percebe que não dá mais pra escondê-la. Que o Mundo precisa dela e de
você como você é.
Só será preciso
aprender que as pessoas ao seu redor nem sempre vão reconhecer, agradecer ou
ficar felizes com isso.
Esse
aprendizado não precisa ser dolorido, mas deve ter um treinamento diário,
constante. Ele é necessário para que você possa aos poucos ir trocando a
carapaça por uma mais mole e acessível. Acredito que não dá pra ficar sem, mas
creio que ela possa ficar mais flexível.
E aí, o que
vai te proteger são o amadurecimento e a satisfação de voltar a ser o Ser Único
que Deus te criou.
By Cecília.